Carnaval 2026: LIESA revoluciona o julgamento com 54 jurados!
Uma mudança histórica está a caminho para o Carnaval do Rio de Janeiro! A LIESA, liga responsável pelo Grupo Especial, aprovou uma significativa ampliação no corpo de jurados para os desfiles de 2026. A partir de agora, 54 especialistas estarão a postos para avaliar as escolas de samba, prometendo uma análise ainda mais detalhada e multifacetada do espetáculo da Sapucaí.
Novas Regras: Mais Olhos, Mais Precisão
A principal novidade é a expansão para 54 jurados, um número que busca trazer mais diversidade de olhares e aprofundamento na avaliação. No entanto, para manter o dinamismo e a objetividade, apenas 36 notas serão lidas oficialmente, com a menor pontuação de cada quesito sendo descartada. Essa medida visa penalizar erros consistentes, e não falhas pontuais que possam ocorrer durante o desfile.
Outro ponto crucial é a presença de dois jurados por quesito nas cabines 3 e 10. Essa dupla avaliação em pontos estratégicos da avenida promete uma análise mais robusta e menos suscetível a interpretações isoladas. As escolas, por sua vez, precisarão afinar suas estratégias para impressionar um número maior de avaliadores em momentos-chave da apresentação.
O Que Dizem os Especialistas do Samba?
A notícia foi recebida com entusiasmo e um senso de experimentação pelos dirigentes e profissionais do Carnaval. Thiago Monteiro, diretor de Carnaval da Grande Rio, avaliou a mudança de forma muito positiva. "Quanto mais avaliadores para essa festa que já é macro por natureza, melhor. Você tem mais cabeças, mais olhares diferentes, multidisciplinares, entendendo melhor essa festa que é multifacetada", declarou, ressaltando o ganho em perspectivas.
Cátia Drummond, presidente da Imperatriz, encarou a novidade como um teste. "É uma experiência. Caso não dê certo, voltamos aos 36. Isso não é problema nenhum", afirmou, demonstrando a flexibilidade do mundo do samba. Escafura, dirigente da Portela, reforçou essa ideia: "Se der certo, continua; se não der, muda de novo. Acho que a mudança sempre é bem-vinda."
Desafios e Expectativas das Escolas
A presença de dois avaliadores por quesito em cabines específicas exige ajustes, mas não altera a essência da disputa, segundo os entrevistados. Escafura acredita que cada agremiação saberá criar sua estratégia, adaptando-se ao novo formato. Tarcisio Zanon, carnavalesco da Viradouro, lembrou que o objetivo maior permanece o mesmo: "Independentemente do jurado, a gente tem que fazer para o público, e o jurado é um público especializado."
O sorteio que define as 36 notas a serem lidas gerou opiniões diversas. Thiago Monteiro vê um benefício em não punir erros pontuais, focando em falhas que "perduraram em mais de uma cabine". Já Tarcisio Zanon apontou para a imprevisibilidade: "O fator sorte acaba sendo até mais valorizado nesse ponto." Ele também manifestou curiosidade sobre a ausência de divulgação das notas não lidas, sugerindo que "se fosse mostrado, ia ser um fuzuê". Escafura, no entanto, recordou que carnavais com envelopes de jurados não lidos já aconteceram, e que o foco deve ser em "fazer um grande trabalho, um grande carnaval, para que todos deem a melhor nota possível".
Um Futuro Mais Justo para o Espetáculo?
Apesar dos diferentes enfoques, há um consenso: o desejo de que o resultado final reflita com fidelidade os desfiles na Sapucaí. Tarcisio Zanon sintetizou essa expectativa: "O que eu espero é que termine o Carnaval e a gente realmente tenha a sensação de que a campeã foi a campeã, que as colocações foram boas e que o descenso seja justo também." Com essa ousada reformulação, a LIESA busca aprimorar ainda mais a transparência e a justiça no maior espetáculo da Terra, garantindo que o brilho e o suor das escolas de samba sejam recompensados à altura.
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