De 12 para 15? A polêmica expansão do Grupo Especial do Carnaval carioca
A ideia de aumentar o número de escolas no Grupo Especial do Carnaval carioca de 12 para 15 está bombando no mundo do samba! A possibilidade, que ganhou força com a mudança para três noites de desfiles (cinco escolas por noite, ao invés de quatro), divide opiniões e gera um debate acalorado entre sambistas e foliões.
A voz do povo: um mix de entusiasmo e cautela
O CARNAVALESCO foi até a Cidade do Samba e ouviu a galera. A maioria se mostrou animada com a possibilidade de mais escolas no Grupo Especial. Sanderson Arlen, Lafayette Oliveira e Luiz Augusto, por exemplo, lembram com saudade do tempo em que 14 agremiações desfilavam, considerando que a redução para 12 deixou o evento "xôxo". Para eles, 15 seria "fantástico", uma volta aos tempos áureos do Carnaval.
Mas nem tudo são flores. A musicista Thalita Santos sugere um modelo mais equilibrado: 14 escolas, com cinco desfiles no domingo e na segunda, e quatro na terça, para evitar atrasos na apuração. A ritmista Mariana Braga lembra que já existem 14 barracões na Cidade do Samba, o que facilitaria a logística.
O desafio da estrutura: Cidade do Samba 2 como solução?
O principal gargalo apontado é a capacidade dos barracões. Aí entra a Cidade do Samba 2, em construção para a Série Ouro, como uma possível solução. A ideia é que ela abrigue as três novas escolas do Grupo Especial, mesmo que isso exija uma logística diferente. Para Lafayette, não seria menosprezo, mas sim um incentivo a um novo espaço com barracões de qualidade.
Quem sobe? A difícil escolha das três escolas
A pergunta que não quer calar: quais escolas seriam promovidas? As opiniões divergem. Sanderson defende a promoção das escolas mais tradicionais, como Império Serrano, Estácio de Sá e Maricá. Já Lafayette acredita que o critério deveria ser o desempenho, levando em conta imprevistos como chuva e problemas com alegorias. Thalita sugere que a Liesa convide escolas com estrutura para evitar problemas, citando a UPM e a União da Ilha como exemplos.
A polêmica declaração do patrono da Vila Isabel, Capitão Guimarães, que questionou a qualidade das escolas da Série Ouro, também entra na discussão. Alexandre Pequeno, diretor de harmonia da Viradouro, concorda, atribuindo a falta de estrutura como o principal obstáculo. Império Serrano, aliás, foi a unanimidade entre os entrevistados como uma das escolas que deveriam subir.
Roda de samba pós-desfiles: um debate à parte
Por fim, a proposta de uma roda de samba após os desfiles para melhorar a dispersão do público dividiu opiniões. Alexandre Pequeno acredita que só uma quinta escola conseguiria segurar o público até o fim da festa. Thalita concorda, afirmando que o desfile na Sapucaí deve terminar com a apresentação da última escola. Já Lafayette e Caio Bonzi defendem a roda de samba como um elemento para prolongar a festa e manter o público animado até o amanhecer.
A Liesa e o futuro: um olhar para 2027
A Liesa, por sua vez, mantém a cautela, alegando a necessidade de uma análise financeira e logística detalhada. Após o sorteio da ordem de desfiles de 2026, com as 12 escolas tradicionais, o foco parece estar voltado para o Carnaval de 2027. Enquanto isso, o debate segue a todo vapor, prometendo agitar o mundo do samba até a decisão final.
Em resumo: A expansão do Grupo Especial é um tema complexo, com prós e contras que precisam ser cuidadosamente analisados. A questão da estrutura, a escolha das escolas e a logística são desafios importantes que precisam ser superados para que a proposta de 15 escolas seja implementada com sucesso.