Carnaval 2026: Liesa muda regras e busca mais justiça nas avaliações

Carnaval 2026: A Revolução no Julgamento Chegou (e Traz Polêmica)!
O Carnaval carioca é um espetáculo de tirar o fôlego, um organismo vivo que pulsa no ritmo da bateria e da inovação. Mas por trás de todo o brilho e glamour da Marquês de Sapucaí, os bastidores fervem com mudanças que prometem agitar as estruturas do Grupo Especial. A Liesa, sempre em busca de aprimoramento, anunciou alterações significativas nas regras de julgamento para 2026. Algumas são bem-vindas, outras... bem, outras já estão acendendo o sinal de alerta no mundo do samba. Prepare-se para entender o que vem por aí e como essas novidades podem redesenhar a competição mais acirrada do planeta!
As Novas Regras que Prometem Sacudir a Avenida:
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Cabines Espelhadas: Olho no Olho (ou Nem Tanto)?
A grande estrela das novidades é a "cabine espelhada". Sim, você leu certo! Elas serão instaladas simultaneamente nos setores 6 (par) e 7 (ímpar), juntando-se às paradas tradicionais nos setores 3 e 10. A ideia é dar uma nova perspectiva aos julgadores, mas a experiência de 2025, com quatro paradas, já mostrou que a fluidez do desfile pode ser prejudicada, travando o ritmo e a evolução das escolas. Agora, com três paradas, a expectativa é de mais equilíbrio, mas a dúvida paira: será que a visão "espelhada" não trará distorções? Imagine um jurado de Fantasias de um lado tirando pontos, enquanto o do outro lado dá um 10 e elogia! A boa notícia é que, a partir de agora, até a nota máxima terá que ser justificada. Um passo importante para a transparência, não acham?
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O Sorteio dos Jurados: Um Jogo de Sorte ou Estratégia?
Essa é, talvez, a mudança mais polêmica e que está dando o que falar. A Liesa vai escalar 54 avaliadores no total (seis por quesito), mas aqui vem o pulo do gato: apenas 36 deles serão sorteados *após* os desfiles para terem suas notas consideradas válidas na apuração da Quarta-feira de Cinzas. A intenção declarada é nobre: proteger o processo de pressões externas, reduzir favorecimentos e tornar o julgamento mais técnico. Mas a proposta levanta questionamentos legítimos. Bons julgadores podem acabar ficando de fora, e as notas dos "não sorteados" simplesmente desaparecerão no éter, sem possibilidade de divulgação. Será que essa roleta russa da avaliação trará a justiça esperada ou apenas mais incerteza aos bastidores do Carnaval?
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Manual do Julgador: A Bússola da Subjetividade?
O Manual do Julgador também passará por um "tapa no visual", prometendo mais clareza, objetividade e critérios bem definidos. No papel, tudo lindo! Mas quem vive o Carnaval sabe que a beleza da arte está na emoção, na sensação, e a subjetividade é parte inerente desse jogo. O desafio é que o manual seja uma bússola que guie o julgamento, e não um passaporte para decisões arbitrárias. Afinal, estamos falando de arte, e até a subjetividade precisa de limites para não virar bagunça.
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Adeus, Comparação: Notas Infladas à Vista?
Desde 2025, a avaliação deixou de ser comparativa. Isso significa que cada escola é analisada de forma isolada, sem levar em conta o desempenho das concorrentes. À primeira vista, parece justo, até ético. Mas o Carnaval é competição! E a ausência de comparação pode ter um efeito colateral perigoso: notas infladas e muito parecidas, que esvaziam o peso do mérito e podem bagunçar a classificação final. Afinal, se todo mundo tira 10, quem ganha?
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Três Noites de Desfile e Envelopes Lacrados: Um Ponto Positivo!
Uma novidade já implementada em 2025 e que foi bem recebida é a realização dos desfiles em três noites, com os envelopes das notas sendo lacrados ao fim de cada dia. Essa medida é um avanço e tanto em termos de segurança e lisura do processo. É um ponto positivo que precisa de mais um ano de prática para se consolidar, mas já mostra que a busca por um Carnaval mais transparente está no caminho certo.
O Grande Teste de 2026: Diálogo é a Chave!
O Carnaval não pode parar no tempo, inovar é preciso, e melhorar a competição é fundamental. Mas toda essa modernização precisa ser feita com diálogo, escuta ativa e, acima de tudo, respeito a quem faz o espetáculo acontecer: os artistas, dirigentes, componentes e, claro, o povo que lota as arquibancadas e vibra a cada passo. É urgente que a Liesa ouça o mundo do samba de verdade, com uma pesquisa de campo real, com quem vive esse universo na prática.
A Liesa dá um passo importante ao tentar aperfeiçoar o julgamento. Mas a justiça, no Carnaval e na vida, só existe quando há clareza, coerência e, principalmente, confiança. O Carnaval de 2026 será o grande teste desse novo modelo. Que a modernização não sacrifique o encantamento e a paixão que movem a folia. Porque no samba, quando se perde a confiança, perde-se também o chão. E a gente não quer ver o chão do samba sumir, né?