Em Cima da Hora homenageia Pombagira em enredo para 2026

Em Cima da Hora Revela Enredo de Peso para o Carnaval 2025: Uma Homenagem à Pombagira e ao Poder Feminino!
Prepare-se para uma viagem profunda e cheia de simbolismo na Sapucaí! A Acadêmicos do Samba Em Cima da Hora acaba de anunciar seu enredo para o Carnaval 2025: “SALVE TODAS AS MARIAS – LAROYÊ, POMBAGIRA!”. A escola promete um desfile que vai muito além da folia, mergulhando nas complexidades e na força de uma das figuras mais emblemáticas e, por vezes, incompreendidas da cultura afro-brasileira.
Pombagira: Mais que um Mistério, um Grito de Liberdade Feminina
O enredo da Em Cima da Hora propõe uma desconstrução dos estereótipos, revelando a Pombagira como um poderoso arquétipo de empoderamento, coragem e resistência. Ela é apresentada como a personificação da mulher que, ao longo dos séculos, desafiou normas, enfrentou preconceitos e se reergueu com determinação inabalável. O tema conecta a Pombagira a figuras femininas históricas que foram marginalizadas – como bruxas, feiticeiras e até prostitutas – mas que, em sua essência, eram destemidas e livres.
A narrativa destaca que a Pombagira é sinônimo de mistério, sedução, liberdade e poder, e sua presença é um chamado à luta contra a intolerância e o ódio. É um convite para honrar a coragem e a transgressão feminina, celebrando todas as mulheres que são livres e valorizam sua própria essência.
Das Raízes Ancestrais à Força Contemporânea
A sinopse do enredo aprofunda-se nas origens da Pombagira, remetendo aos cultos Bantus e Angola, onde ela surge como Pambu Njila ou Bombojira, a força vital das ruas e encruzilhadas. Ela é parte de um sagrado feminino que transborda mistério e verdade, habitando a essência de cada mulher. O texto explora a Pombagira como a "dama da noite", a bruxa ibérica, a curandeira, a vidente e a feiticeira – figuras que, apesar da perseguição e do julgamento social, tiveram seus espíritos inquebrantáveis.
A Em Cima da Hora ressalta que a Pombagira é uma força vibrante, cheia de magia e liberdade, que se manifesta em gargalhadas, danças e sedução. Sua alma é um mistério que não tolera julgamentos, e sua história é um testemunho de resistência. O enredo também aborda a visão distorcida e preconceituosa que muitas vezes a associa a figuras demoníacas, mas reafirma sua beleza e poder para aqueles que a compreendem e a respeitam.
Um Encontro de Fé e Cultura na Passarela
O desfile de 2025 promete ser um encontro de fé e cultura, mostrando a Pombagira em suas diversas manifestações e falanges, presentes nas macumbas cariocas, na Umbanda e na Quimbanda. Ao lado de Exu, ela ganha força e prestígio, abrindo caminhos e protegendo seus devotos. Nomes como Navalha, Menina, Molambo, Caveira, Figueira, Cacuricaia, Catacumba, Mirongueira, das Almas, da Praia, da Lira, da Noite, dos Ventos, do Cemitério, do Porto, do Ouro, das 7 saias, Ciganas, Rosas e Rainhas serão celebrados, representando a pluralidade e a força dessa legião.
Este enredo é uma declaração de devoção da Em Cima da Hora e um convite para que o público conheça e respeite a Pombagira em sua totalidade. É uma celebração da mulher que resiste, que existe e que "dá o nome", sem medo de ser quem é. Uma vitória que a escola sonha em conquistar, não apenas para si, mas para toda a legião de mulheres e para a cultura afro-brasileira.
O argumento e a pesquisa do enredo são assinados por Anderclébio Macêdo e Rodrigo Almeida, com texto e pesquisa de Anderclébio Macêdo, que contaram com agradecimentos especiais a diversas personalidades e entidades ligadas à espiritualidade e à cultura afro-brasileira.
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